quinta-feira, 24 de maio de 2012

Porquê fazer um borboletário?

No âmbito do projeto “5.º G - Interrogar a Ciência", decidimos construir um borboletário. Esta decisão foi tomada tendo como base o texto "A origem da espécie", da página 164 do livro   "Darwin aos Tiros e outras histórias de ciência".

A origem da espécie

                                               A ciência é um imenso campo de surpresas. Aconteceu em 2009 uma delas no jardim do Museu de História Natural, na cidade de Londres. Um petiz de cinco anos, filho do entomologista Max Barclay que trabalhava no museu como curador, apanhou um bichinho vermelho e preto do chão e mostrou-o ao pai:

                     Papá, o que é isto?

            O pai teve de admitir que não sabia, apesar de ter passado a vida a recolher insetos por todo o mundo, em sítios remotos do globo como a Tailândia e a Bolívia. O referido museu alberga uma coleção de 28 milhões de espécies (passaram para o Centro Darwin - Fase 2, um moderno edifício inaugurado no Ano Darwin), mas não havia lá nenhum igual. Não era uma espécie vulgar de Lineu... Depois de uma verdadeira «caça ao inseto» nos museus de todo o mundo, encontrou-se uma espécie parecida no Museu Nacional de Praga. Dava pelo nome de Arocatus roeselli e tinha sido recolhida em Nice, no Sul de França. Depois de vários estudos - analisou-se o ADN e tudo -, ficou sem se saber se é a mesma espécie ou se é uma espécie nova muito semelhante. A questão é que o inseto conhecido não devia existir à latitude de Londres e, além disso, habitava um outro tipo de árvores. Quando se foi examinar melhor o jardim do museu, constatou-se que esteva todo povoado pela nova espécie (pode mesmo tratar-se de uma nova espécie, pois há quem conjeture que só dez por cento das espécies de insetos são conhecidos). Não era um inseto isolado, mas uma multidão deles; felizmente, inofensivos para os humanos.

            Qual é a origem da espécie? Não se sabe ao certo. Segundo Barclay (Time, 28 de Julho de 2009), a migração e a adaptação Arocatus pode dever-se ao aquecimento global ou à circulação acrescida de pessoas dentro da União Europeia. Qualquer que seja a origem, um mistério como este veio mesmo a calhar, na altura em que passavam 150 anos sobre a primeira comunicação de Darwin a respeito da origem das espécies, que ocorreu um ano antes de o seu livro mais famoso ter vindo a lume.

            Esta curiosa história científica ensina-nos o valor da biodiversidade, a relevância do melhor conhecimento e preservação de todas as espécies e a importância dos museus de história natural.

adaptado de  "Darwin aos Tiros e outras histórias de ciência", página 164

           

            Este texto suscitou interesse e curiosidade relativamente ao estudo das diversas espécies existentes e vontade de encetar uma atividade semelhante. No entanto, dada a baixíssima probabilidade de encontrarmos uma nova espécie, animal ou vegetal, num dos diversos jardins da escola, fizemos algumas alterações e optamos por estudar o desenvolvimento de uma espécie comum na região e que seja apelativa para todos os intervenientes neste projeto.

            Uma vez que a questão das metamorfoses de alguns animais, conteúdo já lecionado na disciplina de Ciências da Natureza, levantou algumas dúvidas e grandes "mistérios", elegemos então uma das mais bonitas borboletas de Portugal para estrela do nosso projeto. E assim nasceu a ideia do borboletário com a espécie Papilio machaon.

10 comentários:

  1. Professora Beatriz, eu estou a adorar colaborar com a turma a fazer o trabalho "Interrogar a Ciência"... Com o blogue vai ser muito fixe.

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  2. Estou a adorar fazer o borboletário com a minha turma. Vai ser muito giro ter muitas borboletas na sala de aula.

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  3. Bruno Guimarães e Pedro Oliveira24 de maio de 2012 às 14:49

    Achamos que isto vai dar que falar...

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  4. Olá meninos... É muito bom ver que estão tão interessados e motivados para a concretização dos nossos projetos...
    E também é muito bom ler os vossos comentários...
    Beijinhos!!!
    Professora Beatriz Alves

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  5. Esta ideia está a ser altamente... Vai ser muito fixe quando houver borboletas...

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  6. Professora Beatriz, o blogue é muito fixe e assim também posso comentar sobre o projeto "Interrogar a Ciência".

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  7. Dou os parabéns à professora Beatriz Alves , à professora Maria do Céu ,ao Sr. Oliveira ...
    Adorei ...
    Beijinhos da Inês Silva

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  8. Maria Dias ( mãe da Adriana Maciel )24 de maio de 2012 às 14:54

    Professora Beatriz, pelo que a minha filha me conta e do que vejo, acho que esse projeto vai ficar muito interessante e bonito. Acho uma boa ideia ter borboletas na sala. Apesar de não gostar muito de lagartas, adoro borboletas... Parabéns pela sua iniciativa.

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  9. Dou os parabéns à professora Beatriz Alves porque ela põe coisas maravilhosas no nosso blogue...

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  10. Temos de agradecer à professora Beatriz Alves. Sem ela não conseguíamos fazer o borboletário... também temos de agradecer ao Sr. Oliveira que nos ajudou bastante, ao professor Joaquim pimenta e à professora Maria do Céu.

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